REDES SOCIAIS: TRANSFORME O NARCISISMO HUMANO EM BARRAS DE OURO

Este artigo propõe uma resposta pouco convencional: o segredo para vender mais pode estar no narcisismo humano. A partir das ideias de Robert Greene, autor de A Arte da Sedução, exploramos como a identificação emocional — e não a manipulação — é uma das armas mais poderosas para atrair clientes. Você vai entender por que sua marca precisa ser o reflexo do seu público-alvo e como as redes sociais transformaram vaidade em oportunidade. Um texto direto, provocativo e essencial para quem quer vender com estratégia e autenticidade.

Felipe Vasconcelos | Gerente de Marketing

6/26/20252 min ler

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“As pessoas são narcisistas — sentem-se atraídas por quem mais se parece com elas. Dê a impressão de compartilhar seus valores e gostos, de compreender o seu espírito, e elas ficarão fascinadas.”

A frase, do psicólogo Robert Greene, autor do best-seller A Arte da Sedução, resume um dos mecanismos mais poderosos da influência: a identificação emocional.

Embora seja eticamente questionável fingir compartilhar valores ou gostos com o objetivo de manipular as pessoas, a provocação de Greene é legítima quando aplicada ao marketing: é essencial compreender profundamente a persona para quem seu negócio e suas estratégias de venda estão direcionados.

Afinal, parecer com seu público, compartilhar valores, demonstrar empatia e falar a mesma linguagem são aspectos fundamentais para criar conexão, gerar confiança e, consequentemente, vender com eficácia.

Isso se torna ainda mais evidente no contexto das redes sociais, onde as pessoas tendem a adotar comportamentos narcisistas, utilizando máscaras sociais para parecerem mais bem-sucedidas, bonitas, engraçadas, felizes — ou tudo isso ao mesmo tempo. Como explica o próprio Greene:

“No convívio social, todos usam máscara; fingimos ser mais seguros de nós mesmos do que realmente somos. Não queremos que as outras pessoas tenham a mais vaga ideia do eu indeciso que habita dentro de nós. Na verdade, nossos egos e personalidades são muito mais frágeis do que aparentam ser; eles encobrem sentimentos de confusão e vazio.”

Mas afinal, como transformar o comportamento narcisista humano em barras de ouro — isto é, em vendas?


A resposta está em gerar identificação emocional genuína com o seu público-alvo: compartilhe valores, fale a mesma linguagem, seja o reflexo do público que deseja atrair.

Importante destacar que a proposta aqui não é manipulação nem fingimento com fins meramente comerciais, mas sim o desenvolvimento de uma marca com identidade e propósito — um posicionamento autêntico, que se encaixe naturalmente no universo do seu cliente ideal e o conquiste por afinidade, e não por ilusão.

Em um ambiente dominado por aparências, algoritmos e egos inflados, a marca que verdadeiramente se conecta é aquela que não finge, mas compreende.

Entender o comportamento do seu público, seus desejos, inseguranças e aspirações, não é manipulação — é inteligência estratégica.

Quando sua comunicação deixa de ser genérica e passa a ser espelho, ela para de interromper e começa a atrair.

No fim das contas, transformar o narcisismo humano em vendas não é explorar fraquezas, mas alinhar propósito e percepção. E essa talvez seja a lição mais valiosa para quem quer construir valor no mundo digital:

Quanto mais você entende as pessoas, mais elas se identificam com você — e mais propensas estarão a comprar o que você vende.